quarta-feira, 28 de março de 2012

Peito à moda do Itaqui


Nunca fui fã do peito, também conhecido como granito. Mas quando morei no Itaqui, na fronteira oeste do RS, divisa com a Argentina, aprendi a apreciá-lo nos churrascos que se promoviam na Expofeira e na Delegacia de Polícia.

O peito NÃO é uma carne nobre. É um corte de terceira ou quarta categoria. Porém, gaúcho macho não vive só de picanha, e o bom assador se prova quando até um músculo canceroso de zebu velho se torna um manjar.

Acostumado a comprar belos contrafilés, entrecots, costelas de gado e paletas de ovelhas no supermercado e no açougue cá de Santa Vitória de Palmar (fronteira sul, divisa com o Uruguai), os açougueiros se espantaram quando, sábado desses, pilchado a capricho, bati minhas botas e grudei um “che, me separa um peito!”. “- Peito, doutor? Tem certeza?” Pozolha, che, comprei o tal do peito e levei pra casa, mais faceiro que guri com bombacha nova e égua com dois potrilhos. Pra carne ficar mais amistosa, usei a velha tática do assador metido a grande conhecedor: deixei dormindo numa gamela com leite.

Domingo pela manhã, depois da Missa das 10h, tirei do leite, sapequei com bastante sal grosso e espetei. Meti no fogo e assei como se costela fosse.

Vejam o resultado:

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